24 de fev. de 2014

 ROUBOCOPA

Estreou esta semana o filme Roubocopa, de José Padilha, o diretor de Troca de Elite 1 e da pornochanchada policial Troca Troca de Elite 2. Roubocopa é um remake e todo mundo já sabe como o filme acaba: ninguém vai preso! Misturando ação e corrupção, Roubocopa conta a história de um robô cibernético que é criado para substituir os políticos ineficientes que não sabem roubar direito e acabam sendo presos ou denunciados pela imprensa golpista.
A megalomaníaca produção da Odebrecht Goldwin Mayer custou mais de 200 bilhões de dólares, a maioria desviados da construção dos estádios da Copa no Brasil. A crítica ficou dividida mas, depois que o Roubocopa molhou a mão dos que não gostaram, os elogios foram unânimes.
Apesar de não ter assistido o filme (para não deixar influenciar a minha crítica isenta e imparcial), agora vou fazer um spoiler para sacanear os meus 17 seguidores e meio (não esqueçam que o Nelson Ned morreu mas continua vivo no meu coração). Roubocopa conta a história do Capitão Nascimento que, depois de ser metralhado pelas milícias, deu entrada num hospital do SUS. Ao examinarem o corpo do herói cravejado de balas, a junta médica rapidamente deu o diagnóstico:
- Ih, deu ruim!
O pobre Capitão Nascimento estava mais morto do que a oposição brasileira e o meu bilau. Mas graças aos avanços da Medicina (principalmente em direção ao bolso dos pacientes), o heróico militar foi salvo. Mas os médicos foram cautelosos e avisaram à família:
- Do jeito que tá, ser humano não dá pra ele ser mais… o máximo que a gente consegue é transformar ele num político.
O final da história todo mundo já sabe: Roubocopa se transformou numa máquina de roubar: se mudou para Brasília, se elegeu deputado da base aliada, casou com uma piranha que trabalha no Ministério da Pesca e os dois foram felizes para sempre!

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