30 de mar. de 2011

Economia em 2020 vai consumir 'duas Terras', alerta estudo

 

A economia mundial em 2020 consumirá recursos equivalentes aos de dois planetas Terra, segundo alerta o relatório Technology Outlook 2020 (Perspectiva Tecnológica para 2020), desenvolvido pela empresa DNV, especializada em gestão de riscos.
De acordo com a pesquisa, a escassez dos minerais mais raros vai abalar a economia mundial, mas, por outro lado, tal fator acabará estimulando o desenvolvimento de tecnologias renováveis e do setor reciclável. De acordo com o relatório, áreas de grande extensão como a China, Índia, Austrália e o Oriente Médio sofrerão com fortes secas, a fome se expandirá e os níveis dos oceanos continuarão a subir.
Contudo, apesar da projeção catastrófica, o documento também afirma que as indústrias de baixo carbono vão prosperar na próxima década. A União Europeia e a China, por exemplo, usarão fontes renováveis para gerar um quinto da energia que consomem, e cerca de 8% de toda a energia produzida no mundo virá de fontes eólicas.
Um dos problemas estimados pelo estudo diz respeito a transição rumo a tecnologias de baixo carbono, que não seria rápida o suficiente para atingir os grandes cortes nas emissões dos gases-estufa considerados necessários pelos cientistas.
"Nós talvez precisemos que aconteçam alguns eventos perturbadores para garantir que aconteçam as ações necessárias para combater as mudanças climáticas", alertou Elisabeth Harstad, diretora administrativa da divisão de Pesquisa e Inovação da DNV.
Carbono x Renováveis
O objetivo da pesquisa da DNV é indicar as tendências tecnológicas para os próximos dez anos. Segundo o relatório, apesar do crescimento das energias renováveis e novas tecnologias de baixo carbono, fatores como o crescimento da população, a demanda energética e o padrão de vida consumista da população mundial podem fazer a emissão de CO2 subir 20% em relação aos níveis atuais.
Na avaliação dos pesquisadores que desenvolveram o estudo, a indústria fóssil vai continuar a ter um papel central na produção de energia (39% do total serão provenientes do carvão). Além disso, é possível que haja uma rápida expansão na perfuração de novos poços de petróleo e gás, sobretudo em águas profundas.
O pesquisador sênior para Energias Renováveis da DNV, Thomas Mestl, pesquisador sênior de renováveis da DNV, atenua as preocupações com uma boa notícia: em 2020, o desenvolvimento de eficiência energética e de tecnologias renováveis será rápido, e enormes turbinas eólicas offshore (instaladas nos mares) e sistemas solares fotovoltaicos, que terão entre 10 MW e 15 MW, serão implantados.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5032694-EI8147,00-Economia+em+vai+consumir+duas+Terras+alerta+estudo.html

29 de mar. de 2011

Estudo: mais de 1 bilhão de pessoas não terão água em 2050
Mais de 1 bilhão de moradores das cidades enfrentarão uma grave escassez de água em 2050 na medida em que o aquecimento global piorar os efeitos da urbanização, indicou um estudo nesta segunda-feira. A escassez ameaça o saneamento em algumas das cidades de mais rápido crescimento no mundo, particularmente na Índia, mas também representa riscos para a vida silvestre caso as cidades bombeiem água de fora.

O estudo concluiu que, se continuarem as atuais tendências de urbanização, em meados deste século em torno de 990 milhões de moradores de cidades viverão com menos de 100 l diários de água cada um - mais ou menos o suficiente para encher uma banheira -, quantidade que segundo os autores é a mínima necessária.

Além disso, mais 100 milhões de pessoas não terão água para beber, cozinhar, limpar, tomar banho e ir ao banheiro. "Não tomem os números como um destino. São o sinal de um desafio", disse o principal autor do estudo, Rob McDonald, do grupo privado ambiental The Nature Conservancy (conservação de recursos naturais), com sede em Washington.

Atualmente, cerca de 150 milhões de pessoas estão abaixo do patamar dos 100 l de uso diário. A casa de um americano médio gasta 376 l por dia por pessoa, apesar de o uso real variar dependendo da região, disse McDonald.

Mas o mundo está experimentando mudanças sem precedentes no nível urbano, à medida que as populações rurais de Índia, China e outras nações em desenvolvimento mudam-se para as cidades. As seis maiores cidades da Índia - Bombaim, Delhi, Kolkata, Bangalore, Chennai e Hyderabad - estão entre as cidades mais afetadas pela escassez de água. O estudo prevê que 119 milhões de pessoas não terão água suficiente até 2050 apenas nas planícies e no delta do rio Ganges.

A África ocidental também enfrentará escassez em cidades como Lagos, na Nigéria, e Cotonu, em Benin, segundo o estudo. Outras cidades que sofrerão o impacto são Manila, Pequim, Lahore e Teerã.
Fonte: www.terra.com.br/ciencia

Satélites da Nasa detectam impacto da seca sobre a Amazônia

                                         
Um estudo patrocinado pela agência espacial americana (Nasa) apontou a redução na área verde da Floresta Amazônica, provocada pela seca recorde de 2010. Segundo os estudiosos, os níveis de verde da vegetação - que servem para medir a sua saúde - diminuiram em uma área mais de três vezes superior ao tamanho do estado americano do Texas e não voltaram ao normal após o fim da seca em outubro de 2010.

A sensibilidade à seca de florestas tropicais é um assunto de intenso estudo. Os cientistas estão preocupados porque uma mudança climática com temperaturas mais quentes pode provocar a substituição de algumas florestas por vegetações de savana ou cerrado lenhoso, acelerando assim o aquecimento global.

O estudo foi elaborado por uma equipe internacional de cientistas que usam os dados de satélites da Nasa há mais de dez anos. Os mapas mostram que a seca de 2010 reduziu o verde em aproximadamente 965 mil milhas quadradas de vegetação na Amazônia, mais de quatro vezes a área afetada pela última grande seca, em 2005.

A severidade da seca de 2010 foi vista também nos registos dos níveis de água nos rios de toda a bacia amazônica. Eles começaram a cair em agosto de 2010, atingindo níveis recordes de baixa no final de outubro. "O ano passado foi o mais seco já registrado com base em 109 anos de medições no Rio Negro, no porto de Manaus", disse Marcos Costa, co-autor do estudo, da Universidade Federal de Viçosa, no Brasil.

28 de mar. de 2011

Japoneses criam espermatozoides em laboratório

SÃO PAULO - Pesquisadores japoneses conseguiram criar em laboratório os primeiros espermatozoides de animais mamíferos. A técnica, publicada na edição desta quarta-feira, 23, da Nature, era dada até então como impossível. Os cientistas acreditam que a descoberta pode ajudar a revelar como se dá a formação dos espermatozoides e, no futuro, auxiliar no tratamento da infertilidade em homens.
Takehiko Ogawa e seus colegas da Universidade de Yokohama descobriram que a chave para a obtenção dos espermatozoides através da meiose estava em uma simples mudança das condições de cultura. "O relatório é muito emocionante, pois representa o cumprimento de uma meta defendida por muitos biólogos durante muitos anos", diz Mary Ann Handel, especialista em genética reprodutiva no Laboratório Jackson, em Bar Harbor, nos Estados Unidos.

Por tentativa e erro, a equipe observou quais métodos de cultura permitiram que o esperma retirado de fragmentos de testículos dos camundongos amadurecessem. Para acompanhar o desenvolvimento dos espermatozoides, eles usaram uma proteína fluorescente que marcou células que passavam - ou já haviam passado - pela meiose.

Ali Honaramooz, biólogo reprodutivo da Universidade de Saskatchewan, em Saskatoon, no Canadá, diz que a técnica poderia ajudar os meninos pré-púberes prestes a passar por terapias contra o câncer, por exemplo, que destrói a fertilidade. A descoberta também poderia proteger o potencial reprodutivo de animais em extinção que morrem antes da maturidade sexual, acrescenta.

O procedimento também será útil para estudar os eventos moleculares subjacentes à produção de esperma, diz Martin Dym, biólogo celular da Universidade de Georgetown em Washington. Mas, antes que a técnica possa ser usada em tratamentos para a infertilidade masculina, os investigadores terão de gerar milhões de espermatozoides e traduzir o trabalho para as condições humanas, ele ressalta.

estadão.com.br

26 de mar. de 2011

Evolução

TEORIA DA EVOLUÇÃO

De onde viemos?

A pergunta que não quer calar.


Desde os tempos mais remotos indagamos sobre a origem dos seres vivos, incluindo nós mesmos, e durante todo esse tempo sempre tivemos nossas "respostas" na forma de fantasias, estórias fantásticas e recheadas de alegorias que foram transmitidas de geração após geração.

Por mais de 99% de seus quase 250 mil anos na Terra, o Ser Humano foi dominado pelo pensamento mitológico e suas lendas. Depois, há cerca de 2500 anos atrás surgiu a
Filosofia, e a Razão tentou buscar essa resposta abrindo caminho para algo além dos mitos e crenças.

Mas essa Era de lucidez racional seria por 1000 anos obscurecida pelas sombras da Idade Média e seus dogmas de fé baseados na antiga mitologia judáico-cristã. No Oriente Médio, boa parte desta cultura racional sobreviveu disputando lugar com a crença na similar mitologia islâmica, e no Extremo Oriente, também desde há 25 séculos atrás, outro tipo de filosofia, mais mística, se espalhava, baseada no Hinduísmo, Taoísmo e Budismo.

E só há pouco mais de 250 anos, outra área do potencial humano amadureceu e se consolidou, a
Ciência.

A Ciência é a fusão da Razão com a Experimentação. Do Pensamento com o Empirismo, e é tão eficiente que seus resultados práticos e materiais em menos de meio século foram muito mais marcantes do que as dezenas de milhares de anos de misticismo e magia.

Ela pode não ter as respostas para nossas indagações interiores, e com certeza não tem a chave da felicidade, mas ninguém pode negar que ela é muito eficaz em entender, explicar e controlar a natureza.

A Ciência também nos deu sua resposta para a grande pergunta sobre a origem da vida, e esta veio sob a forma da TEORIA DA EVOLUÇÃO.

Não é de se admirar que essa explicação só tenha surgido há tão pouco tempo. Primeiro por que não se muda rapidamente centenas de milhares de anos de pensamento mitológico só com 2500 de Filosofia ou 250 de Ciência, e depois porque essa questão realmente não é fácil de ser respondida.

É uma pergunta sobre algo que há muito aconteceu e que ninguém presenciou, sobre eventos e processos que se deram muito antes de qualquer tentativa de resposta mesmo mitológica. Algo que acontece na verdade há muitos milhões de anos.

Com nosso quadro histórico, podemos considerar normal que por volta de 1600 dC, após o surgimento da imprensa, a Ciência tenha tido dificuldades para se estabelecer enfrentando toda uma estrutura de repressão religiosa que até ainda hoje não foi totalmente vencida.

Foi nesse quadro de resistência, que um processo de elaboração de pensamento foi tomando corpo, o EVOLUCIONISMO, que tinha uma resposta diferente daquela referência que dominou toda a Idade Média, a Bíblia.

A idéia de que a Terra era o centro físico do Universo já fora derrubada, mas o impacto sobre a religião não fora tão grande pois a doutrina cristã não se apoia no Geocentrismo, ainda que ele esteja presente na Bíblia. 


Mas enfrentar o Mito da Criação? Algo do qual depende boa parte de toda a Teologia Cristã e suas diretrizes de comportamento? Foi algo muito mais complicado.

Não obstante o trabalho árduo de vários pesquisadores, cientistas e filósofos levou a uma mudança de pensamento, e o hoje a TEORIA DA EVOLUçÃO é mais do que estabelecida como a mais precisa explicação para a origem da vida.