Nesse mês, o mundo
todo está comemorando o afundamento do Titanic, o transatlântico superfaturado
que se chocou com um iceberg nas águas geladas do Atlântico Norte em 1912. Eu
fui o único brasileiro que participou deste evento catástrofe internacional que
agora será relançado em 3D.
Desde garoto, o meu maior sonho era fazer um cruzeiro marítimo numa superprodução de Hollywood! E assim, depois de ficar três anos sem almoçar nem jantar, consegui economizar dinheiro suficiente pra comprar uma passagem de figurante na terceira classe do Titanic. Segundo os engenheiros que o construíram, o Titanic era igual ao Brasil: os ricos ficavam por cima numa boa, os pobres ficavam espremidos lá embaixo e ninguém achava que aquela merda ia afundar.
Nunca se viu tanto luxo quanto na Primeira Classe do Titanic. As lagostas do bufê falavam três línguas e tinham doutorado em Cambridge. Os milionários mais ricos do mundo, os Astor, os Vanderbilt, os Guggeinhem, o Waltinho Moreira Salles, o Eike Batista e o Carlinhos Cachoeira, disputavam pra ver quem gastava mais dinheiro e comia mais mulheres (não necessariamente nesta ordem). Numa noite de bebedeiras alcoólicas, jogatina e uso indiscriminado de drogas estupefacientes, Cornelius Vanderbilt acendeu um Havana com uma nota de 100 dólares. Injuriado com aquela demonstração de ostentação gratuita, Lord Astor não deixou barato e acendeu sua amante com uma nota de mil dólares!
Os banheiros das suítes eram de uma luxo nababesco que deixava o Taj Mahal no chinelo. Ao lado do vaso sanitário todo em ouro maciço e brilhantes Cartier, havia um anão malaio 24 horas à disposição para realizar a higiene íntima dos magnatas abonados.
Enquanto os ricos chafurdavam em montanhas de caviar, nós lá na geral do navio só tínhamos o Leonardo di Caprio pra comer. Mas como a fila era grande, nem sempre sobrava um pedaço para a minha pessoa. Penalizado com a minha miséria, uma ratazana me ofereceu um pedaço de queijo que me sustentou durante toda a dramática travessia.
Numa noite fria, resolvi subir até a ponte de comando para fumar um baseado com o capitão do navio. O velho lobo do mar apertou um charuto de maconha que foi devidamente carburado por toda a tripulação. Inebriados pelos eflúviios maléficos da marofa, a Orquestra do Titanic começou a tocar os maiores sucessos de Bob Marley que, naquela época, não havia nem nascido. Enquanto todos estavam completamente emaconhados, o vigia, o único careta à bordo, gritou:
- Comandante! Um Iceberg à frente!
- Iceberg! Rosenberg! Goldenberg! É tudo a mesma coisa! Passa por cima! - retrucou o capitão do Titanic que, além de maconheiro, também era anti-semita e gostava de piadas velhas.
Quando o mega navio
começou a afundar, o pânico e a balbúrdia tomaram conta dos passageiros. Por
todos os lados, víamos, assustados, efeitos especiais espetaculares! E agora em
3D!!! O que ninguém sabe até hoje é que o Titanic era uma obra do PAC, Programa
de Aceleração das Catástrofes e foi todo feito nas coxas pra ser inaugurado em
ano de eleição. As chapas de aço eram de madeira compensada, só havia um bote
salva-vidas e dez bóias de patinho para todo mundo! Preocupados em salvar suas
peles, visons, minks e malas Louis Vuitton, os milionários queriam escapar do
naufrágio, salvar suas fortunas e afundar suas mulheres (necessariamente nesta
ordem).Desde garoto, o meu maior sonho era fazer um cruzeiro marítimo numa superprodução de Hollywood! E assim, depois de ficar três anos sem almoçar nem jantar, consegui economizar dinheiro suficiente pra comprar uma passagem de figurante na terceira classe do Titanic. Segundo os engenheiros que o construíram, o Titanic era igual ao Brasil: os ricos ficavam por cima numa boa, os pobres ficavam espremidos lá embaixo e ninguém achava que aquela merda ia afundar.
Nunca se viu tanto luxo quanto na Primeira Classe do Titanic. As lagostas do bufê falavam três línguas e tinham doutorado em Cambridge. Os milionários mais ricos do mundo, os Astor, os Vanderbilt, os Guggeinhem, o Waltinho Moreira Salles, o Eike Batista e o Carlinhos Cachoeira, disputavam pra ver quem gastava mais dinheiro e comia mais mulheres (não necessariamente nesta ordem). Numa noite de bebedeiras alcoólicas, jogatina e uso indiscriminado de drogas estupefacientes, Cornelius Vanderbilt acendeu um Havana com uma nota de 100 dólares. Injuriado com aquela demonstração de ostentação gratuita, Lord Astor não deixou barato e acendeu sua amante com uma nota de mil dólares!
Os banheiros das suítes eram de uma luxo nababesco que deixava o Taj Mahal no chinelo. Ao lado do vaso sanitário todo em ouro maciço e brilhantes Cartier, havia um anão malaio 24 horas à disposição para realizar a higiene íntima dos magnatas abonados.
Enquanto os ricos chafurdavam em montanhas de caviar, nós lá na geral do navio só tínhamos o Leonardo di Caprio pra comer. Mas como a fila era grande, nem sempre sobrava um pedaço para a minha pessoa. Penalizado com a minha miséria, uma ratazana me ofereceu um pedaço de queijo que me sustentou durante toda a dramática travessia.
Numa noite fria, resolvi subir até a ponte de comando para fumar um baseado com o capitão do navio. O velho lobo do mar apertou um charuto de maconha que foi devidamente carburado por toda a tripulação. Inebriados pelos eflúviios maléficos da marofa, a Orquestra do Titanic começou a tocar os maiores sucessos de Bob Marley que, naquela época, não havia nem nascido. Enquanto todos estavam completamente emaconhados, o vigia, o único careta à bordo, gritou:
- Comandante! Um Iceberg à frente!
- Iceberg! Rosenberg! Goldenberg! É tudo a mesma coisa! Passa por cima! - retrucou o capitão do Titanic que, além de maconheiro, também era anti-semita e gostava de piadas velhas.